terça-feira, 28 de setembro de 2010

Histórias que libertam ou aprisionam?


Somos de uma mesma espécie, entre milhões na natureza

Pensamos conscientes e tão diferentes.

Vivemos na sociedade livres.

Escravo das emoções

Irresponsavelmente solto

Amedrontada do prazer

Gerenciando mentes

Imatura do envolvimento

Regando ansiedade

Asfixiada pelo medo

Flutuando nas imaginações

Agitada pelo novo

Protegendo o Eu

Intimidada pelos outros

Tudo por uma única conseqüência, o medo do vazio.

Deborah Vale

sexta-feira, 17 de setembro de 2010

O meu EMBORA, por "ora" outrora


Se relacionava constantemente.
Seria impossível viver sozinha
Subitamente inerte ficou, solitária, vivendo apenas sonhos esperançosos.
Nem mais o trago do seu cigarro, o gole da sua bebida e o aconchego da sua cama, te sossegaria.
Aquele coração que um dia foi tão leviano, hoje pertence a você.
Entre retratos, retalhos sem retoques e devaneios, se alimenta.
Decidiu esperar e acreditar que poderia mudar.
Saberia procurar.
Se guardar como nunca havia feito.
Acreditando na utopia de seus novos conceitos
Excesso de idealização do romantismo exagerado.
Fantasioso.
Que o tempo e a necessidade não deixaram permanecer.
Seus planos evaporaram.
Logo ela que esperou um príncipe encantado, se jogou aos braços de quem outrora havia te recusado.

Deborah Vale

domingo, 12 de setembro de 2010

Detritos


Abordou-me
Com um abraço forte, senti seu coração acelerado.
Como nunca antes havia sentido.
O meu? Preocupado
O seu? Parecia apressado, aflito.
Começou a falar, sem parar.
Palavras embaraçosas, sem nexo.
Sei que vinha do coração e de uma verdade pura.
Senti medo de tudo aquilo.
Fiquei confusa por não esperar.
Chorei por não conseguir acreditar.
Como tudo pode mudar?
Te falei o que hoje sinto.
Você? Inconformado
Eu? Sem nenhum medo de te magoar, despachei.
A principio me senti culpada...
Hoje me sinto realizada.
A tua voz o vento levou
A tua imagem o tempo apagou
O teu amor você acabou
Lembranças são apenas resquícios da minha insensatez
Elas estarão guardadas e trancafiadas
E que jamais sejam lembradas.

Deborah Vale