segunda-feira, 26 de julho de 2010

Acabou


E o nosso terceiro encontro veio planejado e desejado.
A angústia era imensa, te queria a todo jeito, aproveitar cada momento perdido, cada toque seu, cada batida do seu coração.

Meu desejo inexplicável.

Impossível foi te resistir.

Me agarrei em você da maneira mais forte que pude, ali você era meu, sua respiração acelerou, momentos diferente de todos que já vivemos, pois sentia a todo instante um frio na barriga por ter a certeza que estávamos agindo errado.
Nos olhamos fixamente e não conseguimos. Aquela emoção tão esperada deixou de existir quando a razão prevaleceu e percebemos que não nos pertencíamos mais.
É até estranho falar desse bloqueio que nos envolve, mas é a pura realidade que nos desagrada e aceitar que realmente o nosso fim chegou.
Sinto-me conformada, pois sei bem viver nessa constante guerra, contra minhas vontades, braços, pernas e pensamentos. Como agora estou lutando para não escrever, me segurando para não chorar, tentando transmitir para o papel essa grandiosa sensação, porém tudo é vão...

Talvez nossa missão não chegou ao fim, mas caminhos distintos teremos que seguir e isso tudo que hoje escrevo é a razão da sua real ausência.

Deborah Vale

quarta-feira, 21 de julho de 2010

E você realmente voltou...


Voltou com esse maravilhoso sorriso e cheio de vontades...

O quanto te esperei ansiosa nesses dois dias, nos meus sonhos apareceu, dos meus pensamentos não saiu, das minhas mãos te fiz poesias...

Te ver foi muito melhor do que pensei, te abraçar foi muito melhor do que desejar...

Preparada te esperei, pouco conversamos...me entreguei nos seus braços, como mandava minha vontade, sem medo, apenas curiosa.

Decidimos esquecer tudo e todos, viver o nosso momento e foi simplesmente fantástico, não como nosso passado, mas como nossa maravilhosa intimidade totalmente forte, senti o arrepio que nos aquece, seu coração bater, o seu jeito voraz enlouquecedor de me olhar.

Vi nos seus olhos, gestos e palavras a razão de todo esse misto de sensações que me rodam, enxerguei o mesmo homem por quem me apaixonei um dia e essa é a razão da emoção do nosso reencontro.

Eu não podia, mas ao mesmo tempo queria, te resistir foi muito pior que pensei...

Parei durante alguns segundos e um filme passou na minha mente e mais uma vez decidi não agir e te deixei partir...

Antes de ir me deixou uma carta na mão, e nela dizia assim: quando me desenhares, voltarei a me sentir feliz!!!

Deborah Vale

domingo, 18 de julho de 2010

Reencontro


Depois de uma noite conturbada de sonhos, acordei com meus pensamentos a mil, coração apertado e repleto de saudades. São 7h da manhã, da cama nem me levantei, peguei a caneta e o papel que tinha deixado ao lado dela na noite anterior, onde havia tentado te escrever mais uma vez e não consegui, pois um bloqueio foi criado em mim, onde te anulei do meu pensamento, das minhas razões e do meu coração, mas hoje algo mudou. E me pergunto por que te sentir ainda assim depois de tanto tempo? Por que novamente nos meus sonhos, na minha realidade, nas minhas inspirações? E encontro essas resposta no nosso passado. Sei que não é mais amor a palavra certa para essas sensações que me rondam, mas a saudade é tão intensa e a cada dia mais constante que hoje me fez voltar a escrever por você. Sei que isso é tudo conseqüência do que nos aconteceu há alguns dias, da situação delicada que nos envolve, das dúvidas que nos rondam, da insegurança, da incerteza, do medo... Lutei, relutei, não concordei, adiei, mas foi inevitável nosso reencontro, claro que não foi planejado, foi de supetão, sem chances de me recuar. No inicio da sua aproximação, no meu coração ainda havia mágoas, feridas, mas você me rondou, colheu informações e sem eu permitir invadiu mais uma vez minha vida... e o tempo foi passando, quando pensava que você havia me esquecido você aparecia de uma forma sutil, como quem nada quer e a cada ida e vinda sentia que o momento do nosso encontro estava cada dia mais perto. E o grande dia chegou, inesperadamente. Ao te encontrar, percebi o brilho do teu olhar e no seu sorriso fascinante a felicidade de me reencontrar. No inicio não trocamos uma palavra, um abraço forte e demorado me deu que fez o meu coração acelerar, meu corpo tremer e perceber a falta que me fez durante tantos anos. Derramamos lágrimas de saudades, alivio e emoção, há quanto tempo não vivíamos isso... Ficamos nos olhando durante certo tempo, mil coisas passaram nas nossas mentes e me perguntou que tinha feito das nossas vidas?! Não soube lhe responder, minha garganta deu um nó, só depois de muito tempo surgiram as desculpas, explicações e os desabafos foram trocados naquela noite. Enquanto essa conversa acontecia sentia a todo tempo um frio na barriga, percebi o quanto ainda existe de você dentro de mim, a paixão, o carinho totalmente adormecido, o quanto o seu sorriso me faz bem, o calor do seu corpo, o seu jeito especial de ser... mas nossa longa conversa terminou, quando já não tínhamos mais o que falar, acariciou lentamente meu rosto aproximando sua boca na minha, mas minha razão gritou bem alto e não me deixou levar tão rapidamente... Me respeitando, concordou não me beijar, e ao ir embora disse que iria voltar... Deborah Vale

sexta-feira, 16 de julho de 2010

Pra começar..


Escrevo...

Escrevo porque convivo constantemente com algo martelando na minha cabeça, principalmente quando as sensações são reais e sentidas, e não apenas absorvidas, ou seja, nem tudo que escrevo necessariamente vivo ou sinto.

É uma estável guerra de sentimentos, dores, amores, alívios, casos e acasos...

Escrevo com o coração e pouco uso a razão.

Escrevo porque preciso, sinto e crio...

Deborah Vale