quinta-feira, 29 de setembro de 2011

Culpo-me

Os meus olhos mais brilhantes, o meu sorriso mais radiante.
Ao seu lado me fez ser tão grande, mesmo me sentindo tão pequena.
Levou-me tão adiante e hoje não me deixa seguir.
Momentos de angustia, entre  desmontar o amor  e  despregar o desamor.
Medo  e tristeza. Solidão e desapego.
A esperança que a cada minuto torna-se invisível.
É difícil acertar agora, quando o fim me agarra.
Trocadilhos do coração.
Já não consigo mais chorar,
Já não adianta mais insistir, no que não pode mais existir.
Desisto, sem ter a oportunidade de escolher.
Junto meus cacos.
Não consigo entender o porquê de tanta aversão.
Meu grito agora é silêncio.
Meu pranto agora é contido.
Escondo-me no meu abrigo.
Meus braços foram curtos pra poder te segurar.
O meu amor foi precário, não soube te ensinar a amar.
E por você, culpo-me tanto.
                                                                                                  Deborah Vale

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